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12.12.2025 04:22 PM
O mercado segue a lógica de comprar na baixa e vender na alta.

No mundo das finanças, há um ditado segundo o qual um espaço nunca permanece vazio por muito tempo. A rotação de ativos dentro dos portfólios de investimento vem produzindo dinâmicas mistas nos principais índices acionários. Enquanto o Nasdaq Composite recua, o S&P 500 se aproxima de máximas históricas, e o Dow Jones registra seu melhor desempenho relativo frente ao S&P 500 desde janeiro. O interesse pelos líderes de ontem diminui rapidamente, enquanto ações antes negligenciadas deixam de ser "patinhos feios" para assumir o papel de novos protagonistas.

Quando gigantes disputam espaço, é prudente não se colocar no meio do embate — e isso também se aplica ao setor de tecnologia. Em novembro, o Google anunciou seu avançado modelo de IA, o Gemini 3, que superou a versão mais recente do ChatGPT em testes de referência. Como consequência, empresas associadas ao ecossistema da OpenAI foram penalizadas pelo mercado. Um exemplo claro é a Oracle, que, apesar de ter firmado há três meses um contrato expressivo de US$ 300 bilhões com uma empresa de software, viu suas ações sofrerem forte pressão. Desde então, os papéis da Oracle acumulam uma queda superior a 30%, agravada pelo anúncio de despesas acima do esperado, que representou mais um golpe para a confiança dos investidores.

Dinâmica de despesas da Oracle

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O corte de taxa hawkish do Fed, acompanhado de uma pausa prolongada no ciclo de afrouxamento monetário, retira a rede de segurança do S&P 500. O setor de tecnologia, com suas avaliações fundamentais inflacionadas, se apresenta como o mais vulnerável. Não é surpresa que os investidores estejam se desfazendo das ações das Sete Magníficas e redirecionando sua atenção para o setor bancário e até mesmo para o setor de energia.

À primeira vista, a queda nos preços do petróleo torna as empresas do setor de petróleo e gás menos atraentes. De fato, desde o final de 2022, o índice de energia subiu apenas 4%, em contraste com o rali de 79% do S&P 500. Espera-se que os preços do Brent e do WTI permaneçam pressionados, devido aos recordes de superávits no mercado no primeiro semestre de 2026. No entanto, os investidores têm motivos sólidos para apostar nesse setor.

Dinâmica do S&P 500 e do Índice de Energia

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As avaliações fundamentais das empresas do setor — incluindo o amplamente utilizado índice preço/lucro projetado (P/L) — estão entre as mais baixas de todo o mercado de ações. Mesmo com o petróleo sendo negociado na faixa de US$ 50 a US$ 60 por barril, a Exxon Mobil demonstrou capacidade de gerar um fluxo de caixa robusto. Nos últimos dois meses, o setor de energia ocupou a segunda posição entre os 11 setores do S&P 500 em termos de desempenho.

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Assim, a rotação de ativos nos portfólios de investimento vem ganhando força no mercado acionário dos EUA. Diante das expectativas de um tradicional rali de Natal e da confiança em um ciclo mais acelerado de afrouxamento monetário pelo Fed sob uma nova liderança, o S&P 500 segue sendo impulsionado em direção a máximas históricas.

Do ponto de vista técnico, no gráfico diário do amplo índice acionário, os touros tentam restabelecer a tendência de alta. As posições compradas abertas em rebotes a partir do valor justo em 6.845 e acima desse nível devem ser mantidas e, de forma seletiva, reforçadas, com foco nos alvos previamente mencionados em 7.000 e 7.100.

Marek Petkovich,
Analytical expert of InstaTrade
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